Início do sacerdócio de João Paulo II é representado em filme
"Cura Pe. Wojtyla em Niegowić", esse é o título do filme que
conta a vida de padre Karol na cidadezinha polonesa, próxima a Cracóvia, para
onde foi enviado como vice-pároco em seu primeiro encargo por ele desempenhado
durante pouco mais de um ano, de julho de 1948 a agosto do ano seguinte.
O filme, escrito e
dirigido pelo diretor do Vatican Service News,
Mons. Jaroslaw Cielecki, foi apresentado na manhã desta quinta-feira, 17,
na sede da Rádio Vaticano.
O Karol Wojtyla
apresentado no filme é um jovem sacerdote, jovem, mas com os traços distintivos
que estarão sempre presentes em sua personalidade.
Monsenhor Cielecki
explica o aspecto de João Paulo II que mais o impressiona. "Ele sempre
quis estar perto das pessoas, fazer-se próximo como se fosse um verdadeiro pai,
sempre ia ao encontro. Ademais, tinha um grande coração. Sempre me impressionou
o seguinte: assim que chegou a Niegowić, deram-lhe um travesseiro; no dia
seguinte uma casa pegou fogo num vilarejo e foram até ele dizer-lhe que a
família atingida pelo incêndio se encontrava em dificuldade. Então ele pegou o
travesseiro e disse: 'Levem esse travesseiro e amanhã irei visitá-la'. No filme
vemos essa cena que certamente toca o coração. E também aquele momento muito
comovente quando chega ao território da paróquia, com uma mala na mão,
ajoelha-se e beija a terra. Beijo este que ele escreveu também no livro 'Dom e
mistério': um beijo cujo gesto depois continuou a fazer nos vários países do
mundo. Foram muitos os países beijados pelo Santo Padre.
O filme "Cura
Pe. Wojtyla em Niegowić" foi feito a partir do livro homônimo de autoria
de Monsenho Cielecki, que no passado trabalhou em estreito contato com João Paulo
II. O diretor do Vatican Service News fala sobre a recordação que trás.
"Tive vários
encontros, mas trago particularmente comigo, sempre no coração, o de 1999,
quando foi constituído na Itália um Comitê internacional e, por ocasião de seu
aniversário sacerdotal, fizemos-lhe uma homenagem com uma estátua de bronze de
três metros, que o representava como jovem sacerdote. Depois decidi levá-la até
a Basílica de São Pedro para mostrá-la ao Santo Padre. Quando me aproximei ele
estava diante da estátua olhando para ela, então lhe disse: 'Santo Padre, quis
trazer uma recordação de sua juventude'. Ele se voltou para mim e respondeu-me.
'Como recordação da juventude?' Então pensei ter feito algo que não deveria.
Depois me olhou e me disse: 'Você não sabe que sou sempre jovem? Você deve
dizer não somente hoje, mas também amanhã e sempre: quem ama Jesus e Maria é
sempre jovem!'"
A viagem na vida de
Padre Karol Wojtyla é narrada através das recordações de Eleonora Mardosz, uma
mulher de 87 anos que foi quem o auxiliou na paróquia de Niegowić, contando
inclusive episódios inéditos sobre a vida cotidiana.
Aparecem no filme
também alguns objetos que realmente pertenceram a Karol Wojtyla, como a estola
e a túnica que o ator protagonista usa durante a cena do matrimônio gravada na
igreja de madeira onde celebrava a missa. Portanto, a obra cinematográfica
constitui ocasião para conhecer mais de perto João Paulo II, que será
proclamado Santo em 27 de abril do próximo ano.
Fonte: Canção Nova
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