Todas as igrejas tocarão sinos na canonização de Anchieta
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) convoca todas as Igrejas do país para que toquem os sinos, no dia
2 de abril, às 9 horas da manhã, por ocasião da canonização do beato José de
Anchieta.
Em carta, enviada aos bispos, o bispo auxiliar de Brasília e
secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, explica que será um “gesto de
alegria, gratidão e comunhão por estar inscrito entre os santos, o Apóstolo do
Brasil”.
Durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, que acontecerá em
Aparecida (SP), será celebrada Missa em ação de graças pela canonização do
beato, no dia 4 de maio, às 8h, no Santuário Nacional de Aparecida.
Celebrações por onde Anchieta passou
O arcebispo de São Paulo (SP),
cardeal Odilo Pedro Scherer, convidou o clero da arquidiocese para acolher a
canonização com manifestações de “júbilo e ação de graças a Deus”, pedindo que
os sinos toquem, todos juntos, às 14h, por cinco minutos, ao menos. No domingo,
dia 6, haverá procissão saindo do Pátio do Colégio, às 10h15, em direção à
Catedral da Sé, onde será celebrada Missa solene às 11h.
Em Salvador (BA),
o arcebispo local e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, celebrará uma Missa,
às 18h, na Catedral Basílica.
Na arquidiocese de Vitória do Espírito Santo (ES) haverá Missa na catedral
metropolitana, às 18h do dia 2, presidida pelo arcebispo local, Dom Luiz
Mancilha Vilela. Às 20h, a comunidade Shalom apresenta o musical “Anchieta para
todas as tribos”. No domingo, dia 6, duas Missas estão marcadas. Às 9h30, na
paróquia Beato José de Anchieta, em Serra (ES), e às 16h, no pátio do Santuário
de Anchieta (ES).
O arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ),
cardeal Orani João Tempesta, presidirá uma Missa em ação de graças na Catedral
Metropolitana de São Sebastião, no dia 2 de abril, às 18h.
História do Apóstolo do Brasil
O padre José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534, nas
ilhas Canárias, Espanha. Seu primeiro contato com os jesuítas foi quando
estudava filosofia na universidade de Coimbra, Portugal. Em 1551, Anchieta
entrou na Companhia de Jesus.
A missão no Brasil começou em 1553, quando, ainda noviço, aos 19
anos, desembarcou em Salvador (BA) para trabalhar com padre Manuel da Nóbrega e
outros missionários.
A fundação da cidade de São Paulo está relacionada à primeira
Missa celebrada na missão de Piratininga, em 25 de janeiro de 1554, festa
litúrgica da Conversão do apóstolo São Paulo. Ali, os jesuítas fundaram um
colégio, o primeiro da Companhia de Jesus na América Latina.
Outros elementos são marcantes na história do beato José de
Anchieta, no Brasil. Ele ensinou a língua portuguesa aos filhos de índios e de
portugueses; aprendeu a língua indígena; escreveu gramática, catecismo, peças
de teatro e hinos na língua dos índios, além de outras obras em português,
latim, tupi e guarani; participou de negociações de paz em conflitos entre
índios e portugueses; fundou outro colégio no Rio de Janeiro, no qual foi
reitor; foi responsável por outras missões; provincial dos jesuítas no Brasil;
e escreveu muitos relatos sobre a missão e particularidades da terra e do povo
brasileiros.
José de Anchieta morreu em 9 de junho de 1597, em Reritiba,
cidade fundada por ele no Espírito Santo que futuramente recebeu o nome de
Anchieta.
O título de “Apóstolo do Brasil” foi dado pelo prelado do Rio de
Janeiro, Dom Bartolomeu Simões Pereira, durante a homilia do funeral.
Fonte: Canção Nova