Acompanhar,
não condenar, quem fracassou no amor, pede Papa
A
reflexão partiu do Evangelho do dia, em que
os fariseus questionam Jesus sobre o divórcio. Trata-se de uma armadilha para
Jesus a fim de tirar sua autoridade moral, explicou Francisco. “Esta é a
armadilha: por trás da casuística, sempre há uma armadilha. Sempre! Contra o
povo, contra nós e contra Deus, sempre! ‘Mas é permitido fazer isto?
Divorciar-se da própria mulher?’”.
A
resposta de Jesus, conforme explicou Francisco, vai além da casuística, atinge
o centro do problema. Jesus remete aos dias da Criação, à “obra-prima da
Criação”, lembrando que Deus fez o homem e a mulher, para que se unissem e
formassem uma só carne.
“O
Senhor toma este amor da obra-prima da Criação para explicar o amor que tem
pelo seu povo. E um passo a mais: quando Paulo precisa explicar o mistério de
Cristo, fá-lo em relação, em referência à sua Esposa: porque Cristo casou-se
com a Igreja, o seu povo”.
Esta
é, segundo Francisco, a história do amor, da obra-prima da Criação. Mas quando
esse “fazer-se uma só carne” falha, porque muitas vezes isso acontece, o Papa
disse que é preciso sentir essa dor do fracasso e acompanhar quem sofre com
essa situação. “Acompanhar aquelas pessoas que tiveram esse fracasso no próprio
amor. Não condenar! Caminhar com eles!”.
Quando
alguém lê isso, foi a reflexão do Pontífice, pensa neste plano de amor, neste
caminho de amor do matrimônio cristão, que Deus abençoou na obra-prima da sua
Criação.
“Quando
alguém pensa nisso vê quão belo é o amor, quão belo é o matrimônio, quão bela é
a família, quão belo é este caminho e quanto amor também nós, quanta
proximidade devemos ter pelos irmãos e irmãs que na vida tiveram o infortúnio
de um fracasso no amor”.
Referindo-se,
por fim, a São Paulo, Papa Francisco destacou a beleza do amor que Cristo tem
pela sua esposa, a Igreja.
“Também
aqui devemos estar atentos para que não falhe o amor! Cristo esposou a Igreja!
E não se pode entender Cristo sem a Igreja e não se pode entender a Igreja sem
Cristo. Este é o grande mistério da obra-prima da Criação. Que o Senhor dê a
todos nós a graça de entendê-lo e também a graça de nunca cair nestes
comportamentos casuísticos dos fariseus, dos doutores da lei”.
Fonte: Canção Nova
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