19 de setembro
Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi
eleito Bispo de Benevento, uma cidade situada a setenta quilômetros da sua
natalina. Era uma época em os inimigos do Cristianismo submetiam os cristãos a
testemunharem sua fé através dos terríveis martírios seguidos de morte. Segundo
a tradição Januário foi martirizado na época do Imperador Diocleciano no ano de
304.
O Bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos
julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução
era mesmo para ser um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões
para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, as
feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou então
que fossem todos degolados alí mesmo.
Segundo antiqüissima tradição, alguns cristãos piedosamente recolheram
em ampolas o sangue do Bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia
que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja
Católica.
O sangue do mártir é guardado cuidadosamente na catedral de Nápoles.
Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, todos os anos sua imagem é exposta
à imensa população de fiéis. Por várias vezes, nesta ocasião a relíquia do seu
sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a
coloração vermelha. Um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar.
Por tudo isto, o povo de Nápoles e todos católicos devotam enorme
veneração por São Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada
ao pé da montanha do Vesúvio, se confunde com a devoção dedicada a ele, que os
protege das pestes e das erupções do referido vulcão.
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