26
de Maio
Contanto que os
meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus
na cabeça." Há maior boa vontade em colocar no caminho correto as crianças
abandonadas do que nessa disposição? A frase bem-humorada é de Filipe Néri, que
assim respondia quando reclamavam do barulho que seus pequenos abandonados
faziam, enquanto aprendiam com ele ensinamentos religiosos e sociais.
Nascido em
Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Rômolo Néri pertencia a uma
família rica: o pai, Francisco, era tabelião e a mãe, Lucrécia, morreu cedo.
Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe, na infância,
surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência, virtudes que ele
soube cultivar até o fim da vida. Cresceu na sua terra natal, estudando e
trabalhando com o pai, sem demonstrar uma vocação maior, mesmo freqüentando
regularmente a igreja.
Aos dezoito anos
foi para São Germano, trabalhar com um tio comerciante, mas não se adaptou. Em
1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica
família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar com os agostinianos,
filosofia e teologia, diplomando-se em ambas com louvor. No tempo livre
praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com
muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação
ou de moral.
Filipe começou a
chamar a atenção do seu confessor, que lhe pediu ajuda para fundar a
Confraternidade da Santíssima Trindade, para assistir os pobres e peregrinos
doentes. Três anos depois, aos trinta e seis anos de idade, ele se consagrou
sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade.
Tão grande era a
sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e
leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho. A
iniciativa deu tão certo que depois o grupo, de tão numeroso, passou à
Congregação de Padres do Oratório, uma ordem secular sem vínculos de votos.
Filipe se
preocupou somente com a integração das minorias e a educação dos meninos de
rua. Tudo o que fez no seu apostolado foi nessa direção, até mesmo utilizar sua
vasta e sólida cultura para promover o estudo eclesiástico. Com seu exemplo e
orientação, encaminhou e orientou vários sacerdotes que se destacaram na
história da Igreja e depois foram inscritos no livro dos santos.
Mas somente quando
completou setenta e cinco anos passou a dedicar-se totalmente ao ministério do
confessionário e à direção espiritual. Viveu assim até morrer, no dia 26 de
maio de 1595. São Filipe Néri é chamado, até hoje, de "santo da alegria e
da caridade".
São
Filipe Néri, rogai por nós!
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