Arquidiocese se prepara para canonização de Anchieta
O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, está só
aguardando a definição da data de canonização do Beato Padre José de Anchieta
para acertar uma série de comemorações, na arquidiocese, em homenagem ao
missionário jesuíta que, ao lado do Padre Manoel da Nóbrega, foi um fundadores
da cidade, no Pátio do Colégio.
"O papa Francisco assinará o decreto de canonização no
início de abril, portanto daqui a um mês, mas ainda não sabemos em que dia isso
será feito", disse d. Odilo, neta quarta-feira, 5, em entrevista convocada
para a abertura da Campanha da Fraternidade.
O cardeal se reunirá nesta quinta-feira, 6, com o clero para
planejar a celebração. "Vou mandar tocar os sinos de todas as igrejas na
mesma hora para manifestar a nossa alegria", adiantou.
A festa pela canonização de Anchieta, que foi declarado beato
por João Paulo II em 1980 e agora será proclamado santo, envolverá a sociedade
civil e instituições que, como a Fundação Padre Anchieta (Rádio e TV Cultura),
estão ligadas a seu nome. Haverá um ato público com a presença de autoridades
civis e religiosas. As comemorações se realizarão em diversas etapas e em
várias cidades.
"Estamos envolvidos na canonização há bastante tempo, eu
e todos os bispos brasileiros", observou o cardeal de São Paulo, lembrando
que no ano passado os participantes da assembleia geral da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB) enviaram uma petição a Francisco, com um apelo para
que Anchieta fosse declarado santo logo. A opção por um decreto, em vez de uma
solenidade na Praça de São Pedro, no Vaticano, foi do papa.
Sobre o lançamento da Campanha da Fraternidade, cujo tema na
quaresma de 2014 é Fraternidade e Tráfico Humano, d. Odilo afirmou que a
exploração da pessoa é uma realidade aviltante que não está tendo suficiente
atuação das autoridades. "Temos no Brasil delitos perversos que só se pode
combater, se tivermos grande consciência social", advertiu.
O texto-base da Campanha da Fraternidade enumera quatro tipos
de exploração da pessoa: exploração no trabalho, tráfico de órgãos, exploração
sexual e exploração do trabalho de crianças e adolescentes. Entre as medidas
que já vêm sendo tomadas pela Igreja para eliminar esses males, o arcebispo de
São Paulo cita a conscientização dos fiéis, o apoio às vítimas e a ação pastoral.
Fonte:
Exame.com
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