Cresce número de
mulheres cristãs seqüestradas
A
organização católica “Ajuda a Igreja que Sofre” (AIS) divulgou nesta
segunda-feira, 10, um comunicado sobre a situação das mulheres cristãs no
Egito. Segundo relato, as jovens cristãs são as mais vulneráveis ao sequestro,
casamento forçado e conversão ao islamismo.
De
acordo com a AIS, antes da queda do governo de Mubarak, em média, desapareciam
5 mulheres por mês, atualmente, o número aumentou para 15.
A
Associação Egípcia de Auxílio à Vitimas de Sequestro (AVAED) destaca que o
número pode ser ainda maior, devido a postura omissa do Governo e familiares.
“Frequentemente os crimes e os agressores não são denunciados. No Egito, uma
mulher violentada é uma vergonha para a sua família”, destaca comunicado.
Ainda
de acordo com a AVAED, as mulheres sequestradas têm entre 14 a 40 anos, e
40% delas, após serem retiradas de suas casas, são violentadas e
obrigadas ao casamento. A estimativa, porém, aponta que todas as mulheres
cristãs sequestradas são obrigadas à converter-se ao islamismo.
“No
Egito existem diversas células islâmicas dedicadas, exclusivamente, ao rapto de
mulheres coptas”, revela o advogado cristão, Said Fayez. Segundo o advogado, a
mulher, que de alguma forma consiga a liberdade, é obrigada por lei a
deixar os filhos que teve no casamento forçado. Por esse motivo, muitas
preferem permanecer na situação de escravidão.
Segundo
a AIS, as escassas informações sobre a situação chegam por meio de
relatos das jovens que conseguiram fugir. Como o caso da adolescente Ingy, que
foi libertada após cortar, por duas vezes, os pulsos.
Um
caso que causou comoção, foi o da jovem Nadia Makram, sequestrada em 2011 aos
14 anos. A família denunciou o sequestrador às autoridades, mas até o momento nada
foi feito.
O
Egito proíbe, por meio de lei, a conversão forçada ao islamismo e o
casamento sem o consentimento da mulher.
Fonte: Canção Nova
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