Cardeais se reúnem com Papa para falar sobre a família
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Este
primeiro Consistório convocado pelo papa argentino será realizado na sala do
Sínodo e vai ser iniciada com uma oração e uma saudação do decano dos cardeais,
o italiano Angelo Sodano, ex-secretário de Estado de João Paulo II.
Após
a oração inicial, o presidente emérito do Conselho Pontifício para a Promoção
da Unidade dos Cristãos, o cardeal alemão Walter Kasper, teólogo conhecido por
suas posições progressistas em relação aos divorciados que se casam novamente,
fará um discurso introdutório sobre o assunto a ser discutido.
Em
novembro passado, Francisco lançou uma consulta mundial sobre a evolução da
família moderna, por meio de um questionário enviado aos bispos de todo o mundo
com temas tabus, como o casamento homossexual e o divórcio, em preparação para
este encontro.
Com
as respostas recebidas, o Vaticano elabora um documento que pretende refletir
as várias visões dos cristãos e será amplamente debatido durante o sínodo, a
assembleia dos bispos, a ser realizada em outubro de 2014, uma instância mais
ampla e aberta.
A
posição dentro da Igreja Católica daqueles que não cumprem suas
"regras", como os que convivem sem se casar ou os divorciados que
voltam a contrair o matrimônio, é um dos assuntos que preocupa a nova
hierarquia da Igreja.
O
tema será abordado nos próximos dias de forma "desordenada" e livre,
segundo explicou o porta-voz do Papa, padre Federico Lombardi.
O
Papa Francisco e o conselho de cardeais que o assessora, o chamado
"G-8", discutiram durante esta semana a delicada situação do Banco do
Vaticano, abalado nos últimos anos por escândalos de corrupção, lavagem de
dinheiro e por intrigas.
Um
relatório com várias propostas sobre as estruturas financeiras e o futuro do
Instituto para as Obras de Religião (IOR) foi entregue ao Papa pelos cardeais.
"Cabe
ao Santo Padre seguir ou modificar essas propostas, mas o conselho cumpriu sua
tarefa", declarou Lombardi durante uma coletiva de imprensa.
Segundo
o porta-voz, o grupo deverá se reunir novamente entre os dias 28 e 30 de abril,
depois da canonização de João Paulo II e João XIII, e entre os dias 1º e 4 de
julho.
Em
uma entrevista a um jornal francês, o cardeal hondurenho Oscar Rodríguez
Maradiaga, coordenador do G-8, propôs a criação de um Ministério das Finanças
no Vaticano, que seria responsável por regulamentar as diferentes estruturas
econômicas.
Os primeiros cardeais
de seu pontificado
Paralelamente
ao Consistório, Francisco se prepara para entregar no sábado o barrete
vermelho, o título de cardeal aos primeiros 19 novos cardeais de seu
pontificado, dos quais 16 eleitores, ou seja, que podem escolher seu sucessor
durante um conclave.
Francisco
privilegiou a igreja da América Latina com a nomeação de seis cardeais oriundos
de Brasil, Argentina, Chile, Haiti, Nicarágua e da ilha caribenha de Santa
Lúcia.
Entre
eles está o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.
Com
estas designações, o Papa modifica o equilíbrio do Colégio Cardinalício, órgão
mais importante da Igreja, para torná-lo menos eurocêntrico.
Fonte: Exame.com
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