08 de setembro
Pelágia era uma bailarina belíssima, escandalosa,
muito divertida, festiva e pagã. Costumava encantar e seduzir os homens com sua
dança, alegria, roupas, jóias e outros ornamentos luxuosos. Tornou-se uma das
figuras mais conhecidas da vida mundana e social de Antioquia e adquiriu grande
riqueza.
De acordo com a estória, durante uma procissão, o
Bispo Nono percebeu a presença de Pelágia entre o povo, numa atitude
desinteressada e debochada. Iluminado por Deus o sábio bispo disse a multidão
que se uma simples mulher era capaz de enfeitar-se tanto para os homens, quanto
mais deveríamos nós enfeitarmos nosso interior para o encontro com Deus. Aquela
observação tocou o coração da bailarina pagã.
Ela foi para casa refletindo sobre as palavras do
sermão e ali chorou de arrependimento a noite toda. No dia seguinte procurou o
Bispo, que a enviou à uma senhora cristã, para ser preparada para o Batismo.
Trocou as roupas e adereços de seda e ouro por uma túnica branca para ser
batizada. Depois disso retirou-se para Jerusalém, viver como eremita, numa
gruta, no Monte das Oliveiras.
Viveu afastada de todos e conservou sua identidade
sob segredo, vivendo o resto da vida disfarçada de homem. Somente quando
morreu, os ermitãos descobriram que era uma mulher. Foi então que reconheceram
tratar-se da bailariana da Antioquia, agora uma simples penitente arrependida,
que se anulara do mundo, no seguimento do Cristo.
Santa
Pelágia, rogai por nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário