segunda-feira, 31 de março de 2014

VATICANO

Papa confirma brasileiro à frente de dicastério no Vaticano

O papa Francisco ratificou o cardeal brasileiro João Braz de Aviz como prefeito regional da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cargo que ocupa desde 2011, informou o Vaticano neste sábado em nota oficial.
O pontífice também nomeou vários novos membros para este dicastério da igreja católica, entre eles o arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spengler.
O Vaticano divulgou que o papa também confirmou como prefeito regional do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso o cardeal francês Jean-Louis Tauran, e como presidente do Pontifício Conselho para a Cultura o cardeal italiano Gianfranco Ravasi. Para membro deste último dicastério, Francisco nomeou mais um brasileiro, dom Joaquim Giovanni Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte.


Fonte: Exame.com

JP II BEATO

Recorde como foi a beatificação de João Paulo II

Apenas seis anos após a sua morte, o Papa João Paulo II tornou-se beato. A beatificação aconteceu em Roma, em  1º de maio de 2011, em cerimônia presidida pelo então Papa Bento XVI, hoje Papa emérito. A data teve significado especial, já que foi o Domingo da Divina Misericórdia, festa litúrgica instituída por João Paulo II.
Cerca de 1 milhão e meio de fiéis compareceram à Praça São Pedro para o momento tão esperado: reconhecer como beato aquele que, por quase 27 anos, esteve à frente da Igreja Católica.
            “E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é beato! João Paulo II é beato pela sua forte e generosa fé apostólica”, declarou Bento XVI na ocasião.
Aquele dia foi a primeira vez, após mil anos, que um Papa proclamava beato seu predecessor. Na Missa de beatificação, o Santo Padre usou a casula e a mitra que pertenciam a João Paulo II, bem como o cálice que ele usou nos últimos anos de seu pontificado.
Um aspecto que chamou à atenção os fiéis foi o tempo levado para que João Paulo II chegasse aos altares: apenas seis anos. Segundo as regras da Igreja, é preciso esperar cinco anos após a morte para iniciar uma causa de beatificação.
Mas em 1983, o próprio João Paulo II tornou possível uma dispensa deste período de 5 anos para iniciar alguns processos considerados “claros”.
Na homilia no dia da beatificação, Bento XVI recordou que, já no dia do funeral, os fiéis veneravam João Paulo II e sentiam sua santidade. “Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou!”.
E a beatificação foi possível graças ao reconhecimento de um milagre alcançado por intercessão de João Paulo II. Ficou comprovado que a cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre Normand do Mal de Parkinson aconteceu por intercessão dele.


Fonte: Canção Nova

NO BRASIL

Todas as igrejas tocarão sinos na canonização de Anchieta


O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convoca todas as Igrejas do país para que toquem os sinos, no dia 2 de abril, às 9 horas da manhã, por ocasião da canonização do beato José de Anchieta.
Em carta, enviada aos bispos, o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, explica que será um “gesto de alegria, gratidão e comunhão por estar inscrito entre os santos, o Apóstolo do Brasil”.
Durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, que acontecerá em Aparecida (SP), será celebrada Missa em ação de graças pela canonização do beato, no dia 4 de maio, às 8h, no Santuário Nacional de Aparecida.
Celebrações por onde Anchieta passou
O arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, convidou o clero da arquidiocese para acolher a canonização com manifestações de “júbilo e ação de graças a Deus”, pedindo que os sinos toquem, todos juntos, às 14h, por cinco minutos, ao menos. No domingo, dia 6, haverá procissão saindo do Pátio do Colégio, às 10h15, em direção à Catedral da Sé, onde será celebrada Missa solene às 11h.
Em Salvador (BA), o arcebispo local e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, celebrará uma Missa, às 18h, na Catedral Basílica.
Na arquidiocese de Vitória do Espírito Santo (ES) haverá Missa na catedral metropolitana, às 18h do dia 2, presidida pelo arcebispo local, Dom Luiz Mancilha Vilela. Às 20h, a comunidade Shalom apresenta o musical “Anchieta para todas as tribos”. No domingo, dia 6, duas Missas estão marcadas. Às 9h30, na paróquia Beato José de Anchieta, em Serra (ES), e às 16h, no pátio do Santuário de Anchieta (ES).
O arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta, presidirá uma Missa em ação de graças na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no dia 2 de abril, às 18h.
História do Apóstolo do Brasil
O padre José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534, nas ilhas Canárias, Espanha. Seu primeiro contato com os jesuítas foi quando estudava filosofia na universidade de Coimbra, Portugal. Em 1551, Anchieta entrou na Companhia de Jesus.
A missão no Brasil começou em 1553, quando, ainda noviço, aos 19 anos, desembarcou em Salvador (BA) para trabalhar com padre Manuel da Nóbrega e outros missionários.
A fundação da cidade de São Paulo está relacionada à primeira Missa celebrada na missão de Piratininga, em 25 de janeiro de 1554, festa litúrgica da Conversão do apóstolo São Paulo. Ali, os jesuítas fundaram um colégio, o primeiro da Companhia de Jesus na América Latina.
Outros elementos são marcantes na história do beato José de Anchieta, no Brasil. Ele ensinou a língua portuguesa aos filhos de índios e de portugueses; aprendeu a língua indígena; escreveu gramática, catecismo, peças de teatro e hinos na língua dos índios, além de outras obras em português, latim, tupi e guarani; participou de negociações de paz em conflitos entre índios e portugueses; fundou outro colégio no Rio de Janeiro, no qual foi reitor; foi responsável por outras missões; provincial dos jesuítas no Brasil; e escreveu muitos relatos sobre a missão e particularidades da terra e do povo brasileiros.
José de Anchieta morreu em 9 de junho de 1597, em Reritiba, cidade fundada por ele no Espírito Santo que futuramente recebeu o nome de Anchieta.
O título de “Apóstolo do Brasil” foi dado pelo prelado do Rio de Janeiro, Dom Bartolomeu Simões Pereira, durante a homilia do funeral.


Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

31 de Março

Guido nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã.
No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual.
Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no dia 31 de março de 1046.
Imediatamente, graças passaram a ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido. Um homem cego recuperou a visão em Parma por ter rezado por sua intercessão. Outros milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo para que as autoridades religiosas o trasladassem ao convento. Foi necessário que o próprio imperador interviesse. Henrique III levou as relíquias para a Catedral de Spira. A igreja, antes dedicada a São João Evangelista, passou a ser chamada de São Guido, ou Wido, ou ainda Guy, como ele era também conhecido.
A história de São Guido é curiosa no que se refere à sua atuação religiosa. Ele é o responsável pela nova teoria musical litúrgica. Desejava ser apenas um monge solitário, sua vocação original, mas nunca pode exerce-la na sua plenitude, teve que interromper esta condição a pedido de seus superiores, devido ao dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé. Quando pensou que poderia morrer na paz da solidão monástica, não conseguiu, mas foi para a Casa do Pai, já gozando a fama de santidade.

São Guido, rogai por nós!

sexta-feira, 28 de março de 2014

MENSAGEM DO DIA

Todas as criaturas têm origem divina; mas somente a criatura humana tem consciência dessa estupenda dignidade.
João Paulo II

HOMILIA DO PAPA

Deus espera-nos sempre. Deus não se cansa de perdoar – o Papa na Missa em Santa Marta

Nesta sexta-feira na Missa na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco, tomando como primeiro estímulo da sua homilia a leitura do Livro do Profeta Oseias, evidenciou o coração de Deus-Pai que nunca se cansa de esperar por nós:
É o coração do nosso Pai, é assim Deus: não se cansa, não se cansa! E por tantos séculos fez isto, com tanta apostasia do povo. E Ele sempre volta, porque o nosso Deus é um Deus que espera. Desde aquela tarde no Paraíso terrestre, Adão saiu do Paraíso com uma pena e também uma promessa. E Ele é fiel, o Senhor é fiel à sua promessa, porque não pode renegar-se a si próprio. É fiel. E assim esperou por todos nós ao longo da história. É o Deus que nos espera, sempre.”
De seguida o Santo Padre recordou a parábola do filho pródigo. O Evangelho de Lucas conta-nos nessa parábola que o pai vê e reconhece o filho ao longe porque o esperava. Andava todos os dias no terraço para ver se o filho voltava. Esperava-o:
Este é o nosso Pai, o Deus que nos espera. Sempre. ‘Mas padre, eu tenho tantos pecados, não sei se Ele ficará contente’. Mas experimenta ! Se tu queres conhecer a ternura deste Pai, vai ter com Ele e experimenta, e depois contas-me’. O Deus que nos espera. Deus que nos espera e também Deus que perdoa. É o Deus da misericórdia: não se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir o perdão, mas Ele não se cansa. Setenta vezes sete: sempre para a frente com o perdão. E do ponto de vista de uma empresa, o balanço é negativo. Ele sempre perde: perde no balanço das coisas, mas ganha no balanço do amor.
“Assim, que esta palavra nos ajude a pensar no nosso Pai que nos espera sempre, que nos perdoa sempre e que faz festa quando voltamos.”(RS)


Fonte: Radio Vaticana

RECONHECIMENTO PONTIFÍCIO

Legião de Maria tem estatuto aprovado pelo Vaticano


A Santa Sé informou nesta quinta-feira, 27, o reconhecimento da Legião de Maria  como Associação Internacional de Fiéis. O secretário do Pontifício Conselho para os Leigos, Dom Josef Clemens, entregou, nesta manhã,  o decreto de aprovação dos estatutos  do Movimento.
A Associação nasceu em 1921 na Irlanda, por iniciativa de um pequeno grupo guiado por Frank Duff, funcionário do Ministério das Finanças e depois Secretário particular do Ministério da Defesa irlandês. Ao longo dos 93 anos de existência, a associação espalhou-se por todo o mundo.
Através da formação de milhares de grupos em todos os continentes, difundiu-se a identidade própria da Legio Mariae, fortemente radicada na espiritualidade mariana e na entrega ao Espírito Santo.
O movimento propõe aos membros, como objetivos prioritários, a própria santificação e a participação na missão evangelizadora da Igreja por meio dos serviço aos pobres, sofredores e daqueles que estão afastados da fé.
Na mensagem, Dom Clemens sublinhou que a Legio Mariae é um sinal tangível de como o espírito missionário dos leigos, muitas vezes vivido junto aos compromissos cotidianos na família e nos locais de trabalho, pode caminhar junto com uma profunda compreensão do chamado à santidade recebido por meio do Batismo.
“Toda a história da Legião de Maria é um maravilhoso testemunho de fé: fé na onipotência de Deus, fé na força da oração a Maria”. Mostra como as orações a Maria pronunciadas com fé tem sempre obtido respostas”, conclui o secretário.


Fonte: Canção Nova

VIDA LONGA AO PAPA

13 de maio de 1981: João Paulo II escapa de um
atentado

Dia 13 de Maio de 1981, quarta-feira, 17 h. João Paulo II se dirigiu à Praça São Pedro para a audiência geral, como de costume nas quartas-feiras. Em pé no papamóvel, ele percorria a Praça na presença de quarenta mil fiéis quando foram ouvidos disparos.
O Pontífice prostrou-se entre os braços do secretário e amigo, Dom Stanislaw Dziwisz, soltando um gemido de dor. A sua veste branca ficou manchada de vermelho à altura do abdomen.
Segundo o livro, “Uma vida com Karol”, o autor do atentado, Alì Agca, jovem turco de vinte e três anos de idade, disparou a bala de uma distância de três metros para matar. Internado de urgência, o Papa foi submetido a uma delicada cirurgia de mais de 5 horas, com retirada de 55 centímetros do intestino.
Em 20 de junho, 17 dias depois de ter alta, João Paulo II foi internado de novo na mesma clínica de Roma para ser tratado de uma infecção por citomegalovírus, resultante da operação anterior. Foram dois tiros. Um dos projéteis atingiu o Pontífice no cotovelo direito, o outro no indicador esquerdo do Papa penetrando-lhe em seguida no abdomen. As imagens do Santo Padre, que caiu para trás gravemente ferido, foram transmitidas pelas estações de televisão do mundo inteiro.
Agca passou 19 anos numa prisão italiana pelo atentado, antes de receber o perdão por iniciativa do Papa em 2000 e ser extraditado para a Turquia para cumprir uma condenação por vários crimes, entre eles o assassinato de um jornalista em 1979.
O atentado aconteceu no mesmo dia em que, em 1917, Nossa Senhora de Fátima fez sua primeira aparição aos três pastorinhos. Depois de 1 ano, em 13 de maio de 1982, já recuperado, João Paulo II visitou pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem por tê-lo salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.

Fonte: Canção Nova


FUTUROS SANTOS

Entenda particularidades da canonização de João Paulo II e João XXIII


Os papas João Paulo II e João XXIII serão canonizados no dia 27 de abril em uma cerimônia presidida pelo Papa Francisco em Roma. Trata-se da primeira canonização conjunta de dois Papas na história da Igreja.
O próprio Papa Francisco justificou a decisão de realizar no mesmo dia a canonização dos seus dois predecessores. “Fazer a cerimônia de canonização dos dois juntos quer ser uma mensagem para a Igreja: estes dois são bons, eles são bons, são dois bons”.
O doutor em Direito Canônico, padre Cristiano de Souza e Silva, explica que, ao declará-los santos, a Igreja comprova que esses dois beatos deram a vida por amor a Cristo e aos irmãos e, convida os homens e mulheres de hoje a fazerem o mesmo.
“Acredito que essa canonização será um grande sinal para nós de que o tempo dos milagres não passou, esse milagre acontece todos os dias através do testemunho de homens e mulheres de Deus que abraçam a causa de Cristo e do Evangelho.
Então também nós somos chamados a realizar esse milagre no nosso dia a dia, como padres, leigos, porque ser santo não é realizar milagre extraordinário, mas conseguir viver a fidelidade ao compromisso com o Senhor todos os dias da nossa vida.”
A data da cerimônia, 27 de abril, insere-se no contexto da Festa da Divina Misericórdia, devoção propagada por João Paulo II, e das celebrações dos 50 anos do Concílio Vaticano II, convocado por João XXIII.
“Datas significativas são importantes para o povo de Deus e tem muito a ver com a vida e missão daquela determinada pessoa”, explica o padre.
João Paulo II
Karol Józef Wojtyła nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice na Polônia. Foi eleito Papa em outubro de 1978 e morreu no dia 2 de abril de 2005. Teve um dos pontificados mais longos da Igreja, 27 anos.
Sua beatificação aconteceu em 1º de maio de 2011 numa cerimônia que reuniu mais de 1 milhão de pessoas e foi presidida pelo Papa Bento XVI, em Roma.
Uma particularidade na sua beatificação foi a dispensa do tempo de espera de 5 anos depois da morte para dar início ao processo. Em 1983, o próprio João Paulo II permitiu que se desse uma dispensa destes 5 anos para iniciar alguns processos considerados “claros”. No seu caso, foi a fama de santidade que fez com que Bento XVI autorizasse a dispensa.
Do dia de sua morte até o dia do seu funeral, mais de três milhões de peregrinos prestaram-lhe homenagem e a multidão aclamava-o como “santo súbito”.
“É um trabalho que tornou tangível historicamente o julgamento do povo de Deus sobre a santidade, frequentemente com o grito ‘Santo súbito’, sob a onda de emotividade coletiva que nós acompanhamos já nos dias precedentes e posteriores à morte do Papa”, explicou o postulador da causa, monsenhor Slawomir Oder.
João XXIII
Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo, Itália. Foi eleito Papa em outubro de 1958 e morreu dia 3 de junho de 1963. Foi Beatificado por João Paulo II em 3 de setembro de 2000.
Embora seu pontificado tenha durado menos de cinco anos,  escreveu as Encíclicas “Pacem in terris”, sobre a paz, e “Mater et magistra”, sobre a questão social
à luz da doutrina cristã. Além disso, convocou o Sínodo romano e instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canônico. Seu feito mais memorável foi a convocação do Concílio Ecumênico Vaticano II.
O pouco tempo à frente da Igreja Católica foi suficiente para que o povo o reconhecesse como “O Papa Bom”, devido às suas obras de misericórdia e sentimento de paternidade para com todos.
Uma particularidade na sua canonização foi a dispensa da comprovação do segundo milagre. É necessário o reconhecimento de um milagre para se tornar beato e de um segundo milagre para se tornar santo. O doutor em Direito Canônico explica que o Papa pode realizar essa dispensa.
“A dispensa é possível sim porque às vezes existem testemunhos de milagres que por si já seriam suficientes para comprovação dessa santidade de vida. Depois, já faz muito tempo da morte de João XXIII, então às vezes não é fácil para nós encontrarmos pessoas que viveram naquele tempo. Comprová-los seria muito difícil. Fala-se de uma quantidade de milagres, temos milagres documentados, mas alguns de difícil comprovação justamente pelo tempo histórico da realização desses milagres. Então é um discernimento da Igreja já que temos um milagre já comprovado”.


Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

28 de Março

Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.
Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus.
Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.
Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.
Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.
Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.
Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.

São Xisto III, rogai por nós!

quinta-feira, 27 de março de 2014

MENSAGEM DO DIA

A lei suprema da vida é o amor; e a lei suprema do amor é a confiança.
Frei Clemente Kesselmeier

CURIOSIDADES SOBRE A QUARESMA

Como começou a Campanha da Fraternidade?


Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal-RN, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.

Este projeto se tornou nacional no dia 26 de dezembro de 1963, com uma resolução do Concílio Vaticano II, a maior e mais importante reunião da igreja católica. O projeto realizou-se pela primeira vez na quaresma de 1964. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.

CONFESSAR-SE: COMO? POR QUÊ?

Por que devo me confessar? 


O coração do homem apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê a ele um coração novo. A conversão é, antes de tudo, uma obra da graça divina, que reconduz nosso coração a Ele: “Converte-nos, a ti, Senhor, e nos converteremos” (Lm 5,21). O Senhor nos dá a força de começar de novo. É descobrindo a grandeza do amor de Deus que nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado e começa a ter medo de ofender o Altíssimo pelo mesmo pecado e de ser separado d'Ele. O coração humano converte-se olhando para aquele que foi transportado por nossos pecados (CIC 1432). 
O pecado é uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna; “é uma falha contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana.” (cf. CIC 1849). Por esse motivo, a conversão traz, ao mesmo tempo, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, e é isso que o Sacramento da Penitência e da Reconciliação exprime e realiza liturgicamente. 
A confissão dos pecados graves e veniais 
Cristo instituiu o sacramento da penitência para todos os membros pecadores de Sua Igreja, antes de tudo, para aqueles que, depois do batismo, cometeram pecado grave e, com isso, perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da penitência oferece uma nova possibilidade de se converter e recobrar a graça da justificação (CIC, 1446).
Comete-se um pecado grave quando, mesmo conhecendo a lei de Deus, se pratica uma ação voluntariamente contra as normas prescritas nos dez mandamentos (cf. CIC 1857-1861). 
O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia-O de Deus, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior. 
O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da reconciliação (CIC 1855, 1856).
A declaração dos pecados ao sacerdote constituiu uma parte essencial do sacramento da penitência: “Os penitentes devem, na confissão, enumerar todos os pecados mortais de quem têm consciência depois de examinar-se seriamente, mesmo que esses pecados sejam muito secretos e tenham sido cometidos somente contra os dois últimos preceitos do decálogo, pois, às vezes, esses pecados ferem gravemente a alma e são mais prejudiciais do que os outros que foram cometidos à vista e conhecimento de todos” (CIC, 1456).
Todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar fielmente seus pecados graves, pelo menos uma vez por ano.
Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal não deve receber a sagrada comunhão, mesmo que esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja impossível chegar a um confessor (cf. CDC, 916; cf. CIC, 1457).
O pecado venial (pecado ou falta leve), mesmo não rompendo a comunhão com Deus, “enfraquece a caridade, traduz uma afeição desordenada pelos bens criados, impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento nos dispõe, pouco a pouco, a cometer o pecado mortal” (CIC, 1863).
Por isso, a Igreja vivamente recomenda a confissão frequente desses pecados cotidianos (CDC 988). A confissão regular dos pecados veniais ajuda-nos a formar nossa consciência, a lutar contra nossas más inclinações, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo mais frequentemente, por meio deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele (cf. LG 40,42; CIC, 1458).
“Mesmo se a Igreja não nos obriga à confissão frequente, a negligência em recorrer a ela é, pelo menos, uma imperfeição e pode tornar-se até um pecado, pois a confissão frequente é o único meio para o cristão evitar o pecado grave” (Sto. Afonso de Liguori, Teol. Mor., VI, 437).

Retirado do livro: Confessar-se: como? por quê?

SANTO DO DIA

27 de Março  

Ruperto era um nobre descendente dos condes que dominavam a região do médio e do alto Reno, rio que percorre os Alpes europeus. Os Rupertinos eram parentes dos Carolíngios e o centro de suas atividades estava em Worms, onde Ruperto recebeu sua formação junto aos monges irlandeses.
No ano 700, sua vocação de pregador se manifestou e ele dirigiu-se à Baviera, na Alemanha, com este intuito. Com o apoio do conde Téodo da Baviera, que era pagão e foi convertido por Ruperto, fundou uma igreja dedicada a São Pedro, perto do lago Waller, a dez quilômetros de Salzburgo. Mas, o local não condizia ainda com os objetivos de Ruperto, que conseguiu do conde outro terreno, próximo do rio Salzach, nos arredores da antiga cidade romana de Juvavum.
Nesse terreno, o mosteiro que o bispo Ruperto construiu é o mais antigo da Áustria e veio a ser justamente o núcleo de formação da nova cidade de Salzburgo. Teve para isso o apoio de doze concidadãos, dois dos quais também se tornaram santos: Cunialdo e Gislero. Fundou, ao lado deste, um mosteiro feminino, que entregou a direção para sua sobrinha, a abadessa Erentrudes. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria.
Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha, e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal. 
São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo e sua influência alastrou-se tanto, que é festejado nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque alí foi tomado como modelo pelos monges irlandeses.

São Ruperto, rogai por nós!

quarta-feira, 26 de março de 2014

MENSAGEM DO DIA

A verdadeira felicidade está na própria casa: entre as alegrias puras da família e o carinho da pessoa amada é que somos felizes.
Lev Nikolaievitch

CATEQUESE

Padre deve servir a comunidade com amor, destaca Papa
Na catequese desta quarta-feira, 26, Papa Francisco refletiu sobre o sacramento da Ordem. Ele destacou três características do ministério de padres, bispos e diáconos: servir com amor, ser apaixonado pela Igreja e alimentar esse ministério com a oração, a Palavra de Deus e os sacramentos da Eucaristia e da Penitência.
Francisco explicou que a Ordem é o sacramento que habilita ao exercício do ministério, confiado por Jesus, de apascentar o seu rebanho, o que deve ser feito não com a força humana, mas com o poder do Espírito. “O sacerdote, o bispo, o diácono devem apascentar o rebanho do Senhor com amor. Se não o fazem com amor, não serve”.
Aqueles que são ordenados são colocados como líder da comunidade, disse o Papa. Porém, ele ressaltou que, para Jesus, isso significa colocar a própria autoridade a serviço, como Ele mesmo mostrou e ensinou aos seus discípulos.
“Um bispo que não está a serviço da comunidade não faz bem. Um sacerdote, um padre, que não está a serviço de sua comunidade não faz bem. Está errado”.
Além de se colocar a serviço, os que recebem o sacramento da Ordem precisam ter um amor apaixonado pela Igreja, conforme explicou o Santo Padre. A partir da força da Ordem, o ministro deve dedicar-se inteiramente à própria comunidade e a amar com todo o coração, como Cristo ama a Igreja.
Um último aspecto destacado por Francisco sobre a Ordem foi a necessidade de alimentar o ministério exercido a partir desse sacramento. Isso deve ser feito por meio de orações, da escuta da Palavra de Deus, celebrando cotidianamente a Eucaristia e também com o Sacramento da Penitência.
Segundo o Pontífice, quando isso não acontece, o bispo ou o padre acaba perdendo de vista o sentido autêntico do próprio serviço e a alegria que vem da comunhão com Jesus.  “… a longo prazo, perdem a união com Jesus e se tornam de uma mediocridade que não faz bem à Igreja”, disse o Papa, que acrescentou a necessidade de rezar pelo ministério de bispos e padres.
Concluindo suas reflexões, Francisco falou do que deve ser feito para se tornar sacerdote, destacando que esta é uma iniciativa que parte de Deus.
“A vontade de se tornar sacerdote, de servir os outros nas coisas que vêm de Deus. A vontade de estar por toda a vida a serviço para catequizar, batizar, perdoar, celebrar a Eucaristia, cuidar dos doentes…mas, toda a vida assim! Se alguém de vocês sentiu isso no coração, foi Jesus que colocou isso aí! Cuidem desse convite e rezem para que isto cresça e dê fruto em toda a Igreja”.


Fonte: Canção Nova

CURIOSIDADES SOBRE A QUARESMA

O que é a Campanha da Fraternidade?

O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da Fraternidade – a maior campanha da solidariedade do mundo cristão. Cada ano é contemplado um tema urgente e necessário.
A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.
Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.

Os temas escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar a resolver, se encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de restabelecê-la. A partir do início dos encontros nacionais sobre a CF, em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das Dioceses e estas das paróquias e comunidades.

FORMAÇÃO

Por que jejuar?

Ao tratarmos da cura de gastrimia (gula), a primeira coisa que nos vem à mente, evidentemente, é o jejum. No entanto, sejamos sinceros, quem é que ainda leva a sério o jejum? Para a maior parte das pessoas, o jejum é uma prática antiquada, desnecessária, quando não, completamente absurda. Até entre os “bons católicos” a prática do jejum é vista com desconfiança. Afinal, somos pessoas equilibradas. Nada de radicalismos! Quando muito, ainda é possível encontrar quem se recorde do velho Catecismo: “O quarto mandamento [da Igreja]: jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja”. Mas quando é que a Santa Mãe Igreja no manda jejuar? A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou, em 1987, a Legislação Suplementar ao Código de Direito Canônico, que diz o seguinte: 
Quanto aos cânones 1251 e 1253: 
1. Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico. Os fiéis, nesse dia, se abstenham de carne ou outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade.
2. A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo, são dias de jejum e abstinência. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nestes dias na Sagrada Liturgia. 
Bem, talvez, do jejum e da abstinência na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, a maior parte dos católicos se recorde. Porém, é provável que a maioria não faça a mínima ideia de que a abstinência de carne, às sextas-feiras, ainda existe!
“Mas isso é somente uma lei da Igreja!”, alguém poderia dizer. E, depois de constatar esta obviedade, desfiar um rosário de argumentos contra a prática do jejum: “Não está na hora de a Igreja deixar de lado essas tradições medievais? Por que incentivar o jejum? Não existe algo de mal neste masoquismo de querer se penitenciar? Isto não prejudica a saúde? Qual o sentido do jejum, se a pessoa não trabalha para transformar a sociedade?”. 
Santo Tomás de Aquino (1225-1274) ensina-nos a distinguir duas realidades diferentes no jejum: 
a) O mandamento da Igreja 
b) A lei natural 
Os dias em que eu devo jejuar e as formas de realizar este jejum são uma lei da Igreja (a). Mas o jejum não é uma invenção da Igreja. A necessidade de jejuar é uma lei que Deus imprimiu na natureza humana (b), ou seja, compete às autoridades da Igreja determinar alguns tempos e modos de jejuar, já que é dever dos pastores cuidar do bem das ovelhas. No entanto, mesmo se não houvesse uma legislação canônica, as pessoas teriam de jejuar, pois se trata de uma exigência da própria natureza do homem. Sim, é isto mesmo! Por estranho que possa soar aos seus ouvidos, a ascese e o jejum são imperativos da ética humana natural e não uma tradição de algumas religiões e culturas exóticas. O jejum e a abstinência são instrumentos necessários para que possamos chegar a ser, não heróis ou semideuses, mas simplesmente… humanos”!


Trecho retirado do livro: "Um olhar que cura"

EM ABRIL

Vaticano se prepara para receber imprensa durante canonização


O Vaticano intensificou os preparativos para receber a imprensa na canonização de João Paulo II e João XXIII, que ocorrerão no dia 27 de abril, primeiro domingo após a Páscoa. Para receber os profissionais de comunicação de todo o mundo, será montado, no átrio da Sala Paulo VI,  um Centro de Mídia, entre os dias 10 e 30 de abril.
Segundo informou o Vaticano,  estarão envolvidos na organização do Centro de Mídia,  a Sala de Imprensa da Santa Sé, a Rádio Vaticano, o Centro Televisivo Vaticano (CTV) e as diversas direções e serviços do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.
O Centro de Mídia Vaticano será subdividido em três setores: imprensa escrita, televisão e rádio. O setor radiofônico será administrado pela Rádio Vaticano em colaboração com EBU áudio e será formado por locais de trabalho, estúdios radiofônicos e espaços para a transmissão de programas especiais, que estarão à disposição das emissoras que enviarem seus jornalistas ao Vaticano.
No setor radiofônico do ‘Vatican Media Center’, serão colocadas todas as emissoras radiofônicas que farão pedidos de assistência logística e/ou técnica. Os estúdios e infraestrutura do Palácio Pio XI serão reservados unicamente às exigências de transmissão da Rádio Vaticano.
O Centro de Mídia Vaticano deverá seguir os moldes do que foi organizado por ocasião do Conclave, em março de 2013, que recebeu mais de sete mil jornalistas de todo o mundo credenciados na Sala de Imprensa da Santa Sé para a cobertura do evento.


Fonte: Canção Nova

REFLEXÃO:

Ação Social

Nossa sociedade valoriza muito a aparência e a estética, e possui a marca do que chamamos de chaga profunda da violência. Mas nas pessoas pobres e simples encontramos a manifestação da grandeza e do amor de Deus. Muitos sofrimentos são causados por exploração desleal de umas pessoas sobre as outras. Sofrimentos como nova forma de viver a prática da escravidão, com moldes da nova cultura.
Em meio a tudo isto, há pessoas que agem como filhos da luz, renunciam as obras das trevas e praticam a bondade, a justiça e a verdade. Quem segue os princípios divinos é considerado autêntico e livre. Nada tem a esconder ou de que se envergonhar. É importante saber que há pessoas que investem na construção do bem e que, nem sempre, são valorizadas.
Nesta semana tive a oportunidade de visitar uma obra social na cidade de Uberaba, que presta um grande serviço para o bem da comunidade, pouco visualizada e que conta muito com a Providência Divina. Digo isto porque não é fácil sustentar uma obra social, de tamanha envergadura, com pouco recurso financeiro.
Há quase trinta anos que duas missionárias de origem italiana, Francesca (já falecida) e Amália, começaram um trabalho de ação social e missionário em Uberaba, formado hoje por seis creches em áreas periféricas da cidade que, no momento, atendem a 1.224 crianças, adolescentes e jovens, dentro de uma orientação com princípios cristãos.
Conhecendo esta realidade, senti o quanto de bem isto tem feito para a cidade, trazendo orientação sadia para um número muito grande de famílias. Até penso que deveria ter melhor apoio das autoridades e da sociedade em seu todo. São alunos que vão de quatro meses a dezesseis anos de idade, em geral de famílias carentes.
Obras assim são como luz do mundo, que brilham no meio de tantas trevas que desfiguram a beleza do ser humano. É como uma luz que vem de Deus iluminando aqueles que assumem cargos de responsabilidade social, levando adiante o plano divino de amor e justiça no mundo.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba (MG)