quinta-feira, 24 de abril de 2014

MENSAGEM DO DIA

Queridos amigos, a fé na Ressurreição nos leva a olhar para o futuro, fortalecidos pela esperança na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
Papa Francisco

NESTE DOMINGO

Participação de Bento XVI é aguardada na canonização

De acordo com informações ainda não confirmadas pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa Bento XVI estará presente na cerimônia de canonização de João Paulo II e João XXIII, no próximo domingo, 27. A informação foi divulgada pelo vice-presidente da Obra Romana de peregrinações, Dom Liberio Andreatta, nesta quarta-feira, 23.
“Roma irá ver um evento que nunca aconteceu na história da cidade: dois Papas vivos e dois Papas santos. Imagino a emoção de Francisco e Bento”, afirmou o bispo.
A participação de Bento XVI no evento já era comentada desde a assinatura do decreto de canonização por parte do Papa Francisco no ano passado. A informação também foi replicada pelo jornal da Conferência Episcopal dos Bispos Italianos, o “Avvenire”.
A última participação de Bento XVI em evento público foi no Consistório em fevereiro deste ano.

Por Canção Nova

FUTUROS SANTOS

João XXIII e João Paulo II – dois santos para a humanidade


Por estes dias Roma está em festa para celebrar as canonizações de dois Papas que estiveram na Cadeira de Pedro na segunda metade do século XX e que, com os seus testemunhos de fé inspiraram milhões de pessoas em todo o mundo. 
João XXIII, o impulsionador do Concílio Vaticano II e João Paulo II o Papa peregrino, vão atrair à Cidade Eterna e em especial à Praça de S. Pedro largas centenas de milhares de peregrinos. Espaço na nossa rubrica “Sal da Terra, Luz do Mundo” de hoje para estes novos santos da Igreja e para os preparativos destas canonizações absolutamente únicas. 
Os beatos João XXIII e João Paulo II serão, a partir de domingo 27 de abril, santos da Igreja Católica, elevados assim à veneração dos fieis. Um momento, desde logo, muito importante para a diocese de Roma como declarou o Cardeal Agostino Vallini na conferência de imprensa de apresentação desta celebração:
"É essencialmente uma mensagem espiritual, porque é a festa da santidade. A relação que João XXIII e João Paulo II tiveram com a Igreja de Roma, da qual eram bispos, é uma relação muito profunda, começando pelo estilo com o qual eles exerceram seu ministério, um estilo de proximidade, acolhimento e atenção para com as pessoas, para com os homens enquanto tal."
"A canonização é uma graça de Deus, que o Senhor nos faz mostrando-nos como modelos de vida cristã dois homens de fé. Vamos percorrer este caminho, caminho de uma espiritualidade mais intensa. Este é o sentido com o qual nos preparamos para este evento."
Várias são as atividades e formas de comunicação que estão muito ativas na difusão deste acontecimento: O portal está disponível em várias línguas e há uma conta no twitter @2popesaints. A canonização dos dois beatos também conta com uma presença no YouTube e no Facebook. Existe também a aplicação "Santo já!", dedicada a Karol Wojtyla. Entretanto, na noite de sábado dia 26 que antecede as canonizações, realizar-se-á uma vigília de oração nas paróquias de Roma.
No dia 27, domingo, com o Papa Francisco serão cerca de mil os concelebrantes entre cardeais e bispos, e pelo menos 700 os sacerdotes que distribuirão a Comunhão na Praça São Pedro. Depois da eucaristia, será possível venerar os túmulos dos dois novos santos. 
Angelo Roncalli e Karol Wojtyla – João XXIII e João Paulo II, dois santos do nosso tempo que comungaram e partilharam a vida de muitos de nós e de alguns presencialmente na proximidade. Apresentamos aqui a agora dois testemunhos: 
O Cardeal Loris Capovilla, secretário particular do Papa João XXIII afirmou recentemente em entrevista à Rádio Vaticano que o Papa Roncalli deu-lhe sempre uma grande lição de humildade e afirmou mesmo que este novo santo era a imagem da bondade:
“A minha impressão é esta: vi a imagem da bondade. Tive esta convicção quando o vi pela primeira vez, quando o vi em fotografia. Quando o vi pessoalmente em 1950 na minha Veneza, quando fui a Paris – a 2 de fevereiro de 1953 – quando me convidou para ser seu “companheiro de armas”. Eu nunca me chamei secretário do Papa João, porque o secretário do Papa é o secretário de Estado. Eu fui um pequeno servidor. Com o Papa João eu rezei, sofri, mesmo depois da sua morte sofri muito. Depois o Senhor dispôs através dos seus servos, que esta figura voltasse a aparecer no horizonte. Hoje quem o chama “ao vivo” é o Papa Francisco. Uma das primeiras coisas que me disse foi: ‘Loris, recorda-te, se não metes o teu “eu” debaixo dos teus pés, nunca serás livre e não entrarás no território da paz’. E as mesmas palavras que disse depois no dia mais solene da sua vida, com o mundo inteiro perante si, disse aquelas palavras sublimes: ‘A minha pessoa não conta nada’. Foi uma grande lição de humildade, de doçura, de amor e de esperança. O Papa João ensinou-nos e agora repete-o em quase todos os encontros o Papa Francisco: ‘Cada um de nós retos ou não retos, crentes ou não crentes, cada criatura humana trás consigo o sêlo de Deus’. Esta é a primeira lição que eu recebi e na qual fico. Professo desde este momento a minha veneração a S. João XXIII e a S. João Paulo II e agradeço ao Papa Francisco.”
Entre as muitas testemunhas da vida e da fé do Papa João Paulo II esteve sempre muito próximo do Papa Wojtyla o arcebispo Piero Marini que foi mestre das celebrações litúrgicas durante o pontificado do Papa polaco. A Rádio Vaticano ouviu o seu depoimento: 
“O primeiro encontro que eu tive com Karol Wojtyla foi em Cracovia em 1973 durante uma viagem do cardeal prefeito da Congregação para o Culto Divino, que eu acompanhava, em quase todas as dioceses da Polónia. Ali pela primeira vez, vi este arcebispo de Cracóvia, muito gentil... Recordo sobretudo a sua proximidade com o povo. Na celebração das duas missas que eu recordo ainda bem, que tivemos com ele – primeiro a Missa em público de S. Estanislao com uma grande procissão, interminável; e a Missa depois numa paróquia em Nowa Huta, que ele próprio tinha mandado construir – recordo esta proximidade com a gente e sobretudo via nele o pastor como tinha sido delineado pelo Concílio Vaticano II. Recordo que depois destes momentos, havia sempre um encontro com a assembleia, com a gente que parava para estar com ele. Recordo estes camponeses que vinham provavelmente de Zakopane, com os seus trajes... Deu-me esta bela impressão de um pastor próximo, como diz o Papa Francisco: um pastor que tinha o odor das ovelhas, verdadeiramente.”
“Acreditava naquilo que fazia! Quando rezava, rezava porque acreditava na sua oração. Não tinha temor de rezar em público, de fazer gestos que, talvez, outros teriam um pouco de dificuldade. Era um homem autêntico, que tinha os seus momentos de intimidade, de encontro com Deus. Esta era a sensação que me dava que ainda hoje me edifica pensando nestes momentos de oração que começavam já na sacristia. Uma oração que era pessoal, mas também simples e próxima de cada um de nós, como por vezes a oração do terço, ou durante uma viagem mandava parar o automóvel para celebrar a liturgia das horas... Era um homem que verdadeiramente dava à oração o primeiro lugar!”

Domingo, dia 27 de Abril, o Papa Francisco em nome da Igreja dará dois santos para a humanidade. Dois Papas que na sua vida e nas suas obras testemunharam o amor de Deus e a presença viva de Jesus no meio de nós... (RS) 

Fonte: Canção Nova

SANTO DO DIA

24 de Abril

Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601.
Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar.
Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana.
Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé.
Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quando foi ferido, por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus assassinos e, rezando, abençoou a todos antes de morrer, no dia 24 de abril de 1622
O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724.

São Fidelis de Sigmaringen, rogai por nós!