quarta-feira, 9 de outubro de 2013

REFLEXÃO:

ENTRAR EM MUITOS CORAÇÕES


Assim como Maria, devemos deixar que o Espírito Santo nos ajude a ser amigos íntimos de Cristo. Assim como Maria, não devemos ter medo de trazer Cristo ao mundo em tudo o que fazemos – no casamento, na vida de solteiro, no estudo, no trabalho, na profissão. Através de nós, Cristo quer ir a muitos lugares e entrar em muitos corações.

AUMENTA A NOSSA FÉ

RECONHECER OS PASSOS DE MARIA COMPROMETE TODOS OS CRISTÃOS


Os Bispos da América Latina e do Caribe reconheceram, na Grande Conferência de Aparecida, que as maiores riquezas de nossos povos são a fé no Deus de amor e a tradição católica na vida e na cultura. Manifesta-se na fé madura de muitos batizados e na piedade popular que expressa o amor a Cristo sofredor, o Deus da compaixão, do perdão e da reconciliação, o amor ao Senhor presente na Eucaristia, - o Deus próximo dos pobres e dos que sofrem, - a profunda devoção à Santíssima Virgem nos diversos nomes nacionais e locais. Expressa-se também na caridade que em todas as partes anima gestos, obras e caminhos de solidariedade para com os mais necessitados e desamparados. Está presente também na consciência da dignidade da pessoa, na sabedoria diante da vida, na paixão pela justiça, na esperança contra toda esperança e na alegria de viver que move o coração de nosso povo, ainda que em condições muito difíceis. A Igreja tem a grande tarefa de proteger e alimentar a fé do povo de Deus. (Cf. Documento de Aparecida 7).
Bento XVI, falando aos Bispos, destacou a rica e profunda religiosidade popular, na qual aparece a alma dos povos latino-americanos, o precioso tesouro da Igreja católica na América Latina. Convidou a promovê-la e a protegê-la. Esta maneira de expressar a fé está presente de diversas formas em todos os setores sociais, numa multidão que merece nosso respeito e carinho, porque sua piedade reflete uma sede de Deus que somente os pobres e simples podem conhecer, expressão da fé católica, catolicismo popular, profundamente inculturado, que contém a dimensão mais valiosa da cultura latino-americana (Cf. Documento de Aparecida 258). 
O tesouro aberto revela uma figura feminina. Maria de Nazaré, Mãe de Deus e nossa Mãe. Encontrá-la é descobri-la como modelo de fé. Nós desejamos acreditar em Jesus Cristo, seu Filho, com a mesma intensidade de sua resposta a Deus. A fé, em Nossa Senhora, é compromisso imediato, sem desculpas, no ato de liberdade mais digno que uma pessoa humana pode realizar: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 37). Esta fé foi provada e comprovada, no anúncio da dor, espada que transpassa a alma (Lc 2, 35), no esforço ingente para salvar o que pertence a Deus a qualquer custo, fugindo para o Egito (Mt 2, 13-15), e ainda buscando um filho adolescente que devia cuidar das coisas “do Pai” (Lc 2, 48-50). A Mãe se tornou discípula do Filho (Cf. Jo 2, 1-12) e chegou à plena maturidade aos pés da Cruz: “Junto à cruz de Jesus, estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: ‘Mulher, eis o teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe!’ A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu” (Jo 19, 25-27). Após a Ressurreição, a Virgem Maria é o amparo da fé para os discípulos em oração, na expectativa do derramamento do Espírito Santo, para depois permanecer com a Igreja, Mãe, Modelo, Intercessora, acompanhando-a até a volta do Senhor, no fim dos tempos. Todo discípulo verdadeiro traz Maria consigo, como parte essencial de seu seguimento de Jesus Cristo.

Esta fé é para ser vivida e testemunhada. Olhar para Nossa Senhora e reconhecer os passos dados por ela compromete todos os cristãos. Ninguém venha para o Círio como espectador. Turista não se sente bem! Só desfruta o Círio quem tem coração simples, quem aposta no que vê e descobre o que não vê. 
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

SANTO DO DIA

09 de outubro

São Dionísio foi durante muito tempo venerado como único padroeiro de França, até surgir Santa Joana D'Arc para dividir com ele a grande devoção cristã do povo deste país. De origem italiana, ele era um jovem missionário enviado pelo Papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália no século III. Formou então a primeira comunidade católica no território da atual França. 
Teria sofrido o martírio, sendo decapitado no local hoje conhecido como "Colina do Mártir", onde hoje em dia temos uma grande abadia. Durante muito tempo houve alguma confusão sobre a figura de Dionísio, pois temos outros dois santos com este nome. 
Não bastante toda esta confusão, São Dionísio segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa. Nas estórias que cercam as atas antigas dos martírios cristãos encontra-se a surpreendente narração do martírio de São Dionísio: diz a tradição que o mártir carregou a própria cabeça decepada até o local onde deveria ser enterrado. 

São Dionísio, rogai por nós!