sábado, 21 de setembro de 2013

NOTÍCIAS

Alegria de Deus é perdoar, diz Papa no Angelus

No Angelus no último domingo, 15, o Papa Francisco afirmou que “a alegria de Deus é perdoar”. “É a alegria de um pastor que reencontra a sua ovelha; a alegria de uma mulher que reencontra a sua moeda; é a alegria de um pai que recolhe em casa, o filho que estava perdido, estava morto, e voltou à vida”. 
Francisco refletiu sobre a liturgia deste domingo, e afirmou que nesta passagem (cf. Lc 15) está todo o Evangelho, todo o Cristianismo. O capítulo 15 do Evangelho de São Lucas contém as três parábolas da misericórdia, e que falam da alegria de Deus: a da ovelha perdida, da moeda perdida e a do filho pródigo. 
“Mas olhem que não é sentimento, não é ‘ser bonzinho’! Pelo contrário, a misericórdia é a verdadeira força que pode salvar o homem e o mundo do ‘câncer’ que é o pecado, o mal moral, espiritual. Só o amor preenche os espaços vazios, os abismos negativos que o mal abre no coração e na história”. 
Papa Francisco destacou que Jesus é todo misericórdia, todo amor: é Deus feito homem. E cada um de nós é a ovelha perdida, a moeda perdida, é o filho que desperdiçou sua liberdade seguindo ídolos falsos, ilusões de felicidade, e perdeu tudo. Entretanto, afirmou o Santo Padre, “Deus não se esquece de nós, o Pai nunca nos abandona. Respeita a nossa liberdade, mas permanece sempre fiel. E quando voltarmos a Ele, nos acolhe como filhos, em sua casa, porque ele não pára nunca, nem por um momento, de nos esperar, com amor. E o seu coração está em festa por cada filho que retorna”. 
“Qual é o perigo? Que supomos ser justos, e julgamos os outros. Julgamos também Deus, porque pensamos que deveria punir os pecadores, condená-los à morte, em vez de perdoar. Então, sim, corremos o risco de ficar fora da casa do Pai! Como o irmão mais velho da parábola, que, em vez de ficar feliz porque seu irmão voltou, fica com raiva do pai, que o acolheu e faz festa. Se no nosso coração, não há misericórdia, a alegria do perdão, não estamos em comunhão com Deus, mesmo se observamos todos os preceitos, porque é o amor que salva, não só a prática dos preceitos. É o amor a Deus e ao próximo, que realiza todos os mandamentos”. 
Em seguida, o Papa Francisco pediu aos fiéis reunidos na Praça São Pedro que rezassem um instante em silêncio por aquela pessoa com a qual se desentenderam. “Vamos pensar naquela pessoa e em silêncio vamos rezar por ela e assim nos tornaremos misericordiosos com ela”. 
O Santo Padre disse ainda que se vivermos de acordo com a lei do “olho por olho, dente por dente”, jamais sairemos da espiral do mal. “O Maligno é inteligente, e nos ilude que com a nossa justiça humana podemos nos salvar e salvar o mundo. Na realidade, somente a justiça de Deus pode nos salvar! E a justiça de Deus se revelou na Cruz: a Cruz é o julgamento de Deus sobre todos nós e sobre este mundo”. 
“Mas como Deus nos julga?”, indagou o Papa, e explicou: “Dando a vida por nós! Eis o ato supremo de justiça que derrotou, uma vez por todas, o Príncipe deste mundo; e esse ato supremo de justiça é também ato supremo de misericórdia. Jesus chama todos a seguirem este caminho: ‘Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso’ (Lc 6:36)”. 
Fonte: Portal Ecclesia

Nenhum comentário:

Postar um comentário